No último sábado (07-05) estive em Friburgo. Tenho vááááários parentes lá.
Na ocasião do temporal, a gente ficou sem notícias, não havia como se comunicar. Foi um dia de muita preocupação. Mas, assim que pudemos telefonar, descobrimos que estavam todos bem.
O que me deixou mais chocada com tudo isso é que eu estava em Friburgo três dias antes da chuva. Penso nisso sempre.
Assim, esse fim de semana, fomos no centro da cidade ver como tudo estava. Friburgo está cheia de cicatrizes. Em qualquer morro verde que se olhe, vemos o barro seco dos deslizamentos ainda exposto. Já é possível ver algumas plantinhas brotando, no esforço de renovar a vegetação original.
No Centro fomos visitar o prédio que desabou e matou três bombeiros. Ainda há carros retorcidos em vários pontos da cidade.
Visitamos também o bairro de Córrego Dantas, um dos mais afetados. A impressão que se tem é que passou um tsunami arrasando tudo pela frente. Vendo assim ao vivo, o senti foi que o estrago foi muito pior do que foi noticiado pela TV, fiquei com uma sensação horrível, imaginando que ali ainda poderia haver pessoas que talvez nunca mais sejam encontradas.
Por essa foto dá pra ter uma ideia: esse aí é meu irmão. Ele tem quase 1,80m de altura e olha onde foi o nível dá água. Talvez uns 3 metros.
Quatro meses se passaram, mas ainda há muito que fazer para que Friburgo volte a ser o que era. Até lá, quando seus moradores olharem para o alto e verem as cicatrizes nos morros, eles sempre se lembram do dia em que muitos perderam a vida, outros, suas casas, mas também se lembrarão que ainda há muito trabalho pela frente.
Até a próxima modelagem de ideias,
Pri.
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